Estar contente


Estar contente com pouco é difícil, com muito é impossível. 
Pearl S. Buck

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Em plena época de Natal, 59 jovens abdicaram da cor a alegria que se vive em todos os sítios para passarem três dias de encontro na Casa de São José, em Lamego. 
 Chegaram tímidos, sem conhecerem quase ninguém... Não sabiam ao que vinham, nem o que os esperava! Sobre o Convívio, apenas sabiam que iria acabar dali a três dias! Nada mais... Naquela noite pouco mais desvendaram! Só lhes foi dito que um triplo encontro os aguardava: cada um iria encontrar-se consigo próprio, com os outros e com Deus. Como é que tal iria acontecer, estava ainda em segredo... 
 A música tocou cedo na sexta-feira! A pouca vontade de dormir na noite anterior espelhava-se agora nos olhos que se abriam com dificuldade. E a ansiedade? Dominava em cada espírito mais do que qualquer outro sentimento. Porque estariam ali? Para quê? O que iria acontecer? 
 O dia foi decorrendo chuvoso cá fora! Lá dentro, bem dentro de cada um, choviam dúvidas que pareciam não cessar. Sucediam-se em catadupa, de forma quase vertiginosa. Todas as certezas que permaneciam até ao dia anterior foram caindo por terra. Na realidade, os olhos não brilhavam muito! Era mais a vontade de ir embora que transparecia... Tinham deixado a família, os amigos, as luzinhas de Natal e para quê? Aquilo não era, de todo, o que estavam à espera (fosse o que fosse aquilo que esperavam...)! 
 A porta de saída, ao longo daquele primeiro dia, era a solução mais tentadora! Ir embora, ir embora, ir embora...Continuavam praticamente sem se conhecer! Não havia muito tempo para conversar e menos motivo de conversa ainda. A noite não trouxa nada de novo a não ser a falta de sono... 
 Novo dia, nova ânsia! Novamente, os acontecimentos foram sucedendo na expectativa do que viria a seguir. Começaram a surgir os primeiros sorrisos, as primeiras manifestações de à vontade! Começaram a conhecer-se e a perceber que estavam juntos no mesmo barco e que, fosse qual fosse a direcção, todos remavam no mesmo sentido... 
 As emoções chegavam vindas de todos os cantos! Qualquer coisa, por mais pequena que parecesse, inundava espíritos com alegria e vontade de ir mais além. Os muitos pontos de interrogação deram lugar a pontos definidos e a frases escritas em letra maiúscula! O entendimento surgia aos poucos e cada um começava então a perceber o seu papel ali... Nada é feito ao acaso! 
 E, à semelhança do mundo, também os corações são feitos de mudança! Sim, aqueles corações que no primeiro momento só queriam ir embora, pediam agora para ficar... Aquele mundo, aquele pequeno mundo era agora de cada um e não queriam deixá-lo fugir! Ao mesmo tempo, uma força empurrava cá para fora. Um força enorme, capaz de mudar tudo num passe de mágica! Era tudo mágico... 
 Lágrimas, sorrisos, sorrisos e lágrimas! Não é fácil dizer adeus, mesmo que esse adeus seja um até breve! Ninguém se separou... Ninguém se separará mais! Há uma coisa que nos une, algo de maior e que, agora, todos sabem explicar! Deus esteve connosco ao longo de três dias e, se assim o quisermos, não mais nos abandonará... 
 A luzinha acesa... os cânticos...os gestos...as palavras...os olhares...as vozes... os sorrisos...as caras...o rosto de Deus! Tudo está ainda bem vivo na memória. Tudo estará sempre bem vivo dentro do coração. Que a chama de conviva permaneça sempre em cada um e que cada pequena luzinha seja luzeiro em cada canto da vida! Afinal, Deus ama-nos... E basta que amemos também! Até breve... 
Ana Filipe Cardoso in "voz de lamego"

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Recadinhos de Deus XXV


Desabafa comigo.

Eu entendo.


Ass:. Deus

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