“As coisas vulgares que há na vida não deixam saudade, só as lembranças que doem ou fazem sorrir. (“Chuva” de Jorge Fernando)
Pois, escrever em meia dúzia de linhas experiências que sejam para nós importantes não é nada fácil, e confesso que nunca pensei ser tão difícil falar do Convívio. Não sei de que escrever, pois foram muitos os momentos que lá passei (sim, e foram só três dias) e todos eles foram momentos muito bons. Muito mesmo!

Para que percebam mais ou menos deixem-me tentar explicar os meus pensamentos antes de decidir ir ao convívio. Este já era para se ter realizado em Outubro do ano passado, mas nessa altura, julgo que pelo número reduzido de elementos, teve que ser adiado. Há cerca de três semanas atrás voltei a ser convidada pelo Pe. Zé Augusto para ir a este convívio. Várias eram as coisas que me prendiam e impediam de poder dizer que sim. Estava numa altura em que faltar às aulas era impensável, mas também o que me parecia ser a única forma de compensar o tempo que iria “perder” no convívio e que precisava para terminar alguns trabalhos. Cheguei a chatear-me por teimarem comigo que se quisesse ir eu conseguia. Pois não me parecia de todo possível conseguir acabar os meus trabalhos até dia 22. Pois, afinal consegui-o para dia 21! Na segunda-feira dessa semana, senti que ia conseguir fazê-lo, de tal forma que confirmei logo o meu nome.

Como tal não tive muito tempo para me mentalizar que ia, quando dei conta já estava em alegre convívio com pessoas que não conhecia e já me doíam os maxilares de tanto rir. Juro! Claro que não foi só rir mas também não posso contar… J Deixava de ter piada, acreditem! Apesar disso nunca houve uma altura que me apetecesse vir embora ou ligar a alguém para dizer:”vem-me buscar.”, e sei que iam se eu ligasse. (Ah, e o portão esteve sempre aberto!). Sabia, e tive oportunidade de falar disso com algumas das pessoas que lá conheci, que me ia divertir e que ia ser uma experiência muito boa para mim. Quem me convidou, e quem insistiu para que eu fosse são pessoas que me conhecem muito bem. Disseram-me que eu ia adorar, e eu já estava a gostar. Estava a ser bom, divertido, muito giro, mas não era aquela loucura que falavam. “Será que era eu que era diferente? Calma Joana, também ainda é só o primeiro dia!” – pensei para mim. E assim foi.

No segundo dia do CF tive oportunidade de viver uma das experiências, senão a mais fantástica da minha vida… Tive oportunidade de olhar para quem está sempre a olhar por mim, tive oportunidade de falar com quem esta sempre a tentar falar comigo, tive oportunidade de agradecer a quem me presenteou com tudo que tenho (e não estou a falar de coisas materiais), tive oportunidade de responder que sim ao chamamento de quem nunca se cansou de me chamar…

Por fim, senti acesa a minha chama da fé, e é com essa alegria que permaneço até hoje recordando com saudade os momentos que lá passei… Foram rostos de espanto, alegria, felicidade e partilha! Rostos que não irei esquecer porque em cada sorriso que via, sentia também o meu redobrar de intensidade.

Ao terminar este testemunho sinto que não disse quase nada mas sinto também que por muito que escrevesse ia ficar sempre muita coisa por dizer. Porque há muita coisa que não se explica, sente-se e vive-se!

Por fim, um obrigado a quem me convidou a ir, a quem me “chateou a cabeça” para eu ir, aos amigos de Resende com quem tive o prazer de viver o convívio e a todos os que conheci lá. E, claro, a Deus, porque foi Ele quem me deu a oportunidade de viver esta experiência.

Joana Brás (Convívio Fraterno 972)

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