Querem ficar com a festa,
mas não querem convidar o festejado.
Querem a árvore de Natal, mas esquecem a sua origem;
querem dar e receber presentes,
mas esquecem os que os Magos Te levaram a Belém;
querem cantos de Natal,
mas esquecem os que os Anjos Te cantaram naquela noite abençoada.
Até a São Nicolau o disfarçaram de “pai Natal”.
Querem as luzes e o feriado, o peru e as rabanadas;
Querem a Ceia de Natal
mas já não vão à Missa do Galo,
nem Te adoram feito Menino nas palhinhas do Presépio.
Quando se lembram estas coisas e o facto que lhes deu origem
diz-se que “o Natal é todos os dias”,
mas não se dispensa esta quadra de consumo e folguedos.
No meio de toda esta confusão deseja-se a paz e a fraternidade,
mas esquecem que só Tu lhes podes dar.
E a culpa de tudo isto ser assim… é também minha
que alinho nesta maneira pouco cristã de celebrar o teu nascimento.
Se desta vez eu der mais a quem tem menos
e comprar menos para quem já tem quase tudo…
se em vez de me cansar a correr de loja em loja
guardar esse tempo para parar diante de Ti…
Se neste Natal fores mesmo Tu a razão da minha festa…
as luzes e os cantos, o peru e as rabanadas, os presentes e a até o Pai Natal
me falarão de Ti e desse gesto infinito do Teu Amor
de teres viindo ao meu encontro nessa noite santa do teu Natal.
Rui Corrêa d’Oliveira – “Bom dia” – Canal Sim RR –08.12.2008
«Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura.»
Buscamos um Rei, Senhor do Universo, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis. Encontramos um bebé, indefeso e pobremente vestido, deitado nas palhas de um estábulo.
Diante do presépio, o nosso mundo todo feito de aparências e conveniências sociais fca de pernas para o ar.
Quando a Madre Teresa de Calcutá recusava ofertas de frigorífcos ou de ar condicionado para as casas das Missionárias da Caridade achavam-na ingrata, louca ou antiprogresso. Mas ela compreendera este Menino, e procurava segui-Lo vivendo com as suas irmãs em condições próximas das dos rejeitados pela sociedade, a quem queria ajudar.
Peçamos ao Deus Menino que nos ajude a ver para lá das aparências, a afinar critérios, para discernirmos o que é mais urgente e necessário para Seu maior serviço e louvor, e nosso bem.
Sustemos a respiração, contamos os minutos que parecem horas, espreitamos as palhinhas ainda vazias (e, junto ao presépio, os embrulhos coloridos que os tios e primos trouxeram…). Perguntam: «já serão horas?», respondem: «se quiserem lugar sentado na igreja…»
Rompem os sinos, ressoam glórias! Missa do Galo, Deus menino, milagre renovado!
Mistério insondável de um Deus que das alturas nos visita, recém-nascido nas palhas da manjedoura.
Que Ele nos conceda «a graça de O servirmos sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos, em santidade e justiça, na Sua presença, todos os dias da nossa vida».
O Senhor vem ao nosso encontro. O Senhor anuncia-nos que vem. Conseguimos ouvi-Lo por entre a agitação das compras de última hora, na estonteante roda-viva dos que se acotovelam ao som incessante de jingle bells e santas-claus, entre acenos efusivos e votos de boas festas maquinais?
Procuremos fazer silêncio, sobretudo dentro de nós, e estar atentos e vigilantes, ao que se passa à nossa volta, para melhor O amar e servir.Também para reconhecermos os sinais do Senhor, que nos confrmam e nos confortam. Ele é Deus connosco. Ele anuncia-Se e vem.
Paramos um momento, mudos de espanto, a contemplar a obra da Criação: todo o Universo – o que dele conhecemos – estrelas, cometas, planetas a anos luz da terra… Pensamos neste nosso «planeta verde» – o que nós ainda não estragámos – com seus mares e oceanos, desertos e montanhas, e todos as plantas e animais. Pensamos na Humanidade, na enorme diversidade de raças, línguas e costumes – mesmo nestes tempos de globalização. Cada ser humano é único e irrepetível. Ainda mais espantados caímos na conta que este Senhor Todo-poderoso, criador do Céu e da Terra, me criou também a mim – e a cada um dos que aqui rezam hoje comigo – e que, mais do que isso, Ele tem estado sempre ao meu lado. Como Maria, damos graças por todas as maravilhas que o Senhor fez. Em mim.
«Faz o que te pede o teu coração.»
Porque somos nós «as pedras vivas do templo do Senhor».
Porque Ele está connosco.
O Senhor anuncia que te vai fazer uma casa. Quando chegares ao termo dos teus dias e fores repousar com teus pais estabelecerei em teu lugar um descendente que há-de nascer de ti e consolidarei a tua realeza. Serei para ele um pai e ele será para Mim um flho. A tua casa e o teu reino permanecerão diante de Mim eternamente e o teu trono será frme para sempre.»
Às vezes perturbamo-nos, com o que se passa à nossa roda: na nossa família, entre os nossos amigos, com os colegas de escola ou de trabalho, no nosso país ou no mundo...
Às vezes vivemos mesmo perturbados, desordenados, confusos, comovidos, toldados, atarantados...
«Não temas.» Uma só coisa é necessária: encontrar graça diante de Deus. Para podermos responder como Maria, após o sobressalto do espanto inicial, com humildade profunda e serena confança: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.»
Zacarias e Isabel eram justos aos olhos do Senhor. Apesar de não terem flhos – o que naquele tempo era considerado uma desgraça – e de ambos terem já idade avançada, cumpriam todos os mandamentos.Não tinham desistido, não se consideravam injustiçados, não se queixavam continuamente…
Suportavam pacientemente os desígnios do Senhor, cumprin-do sempre as Suas leis.
Peçamos a graça de sabermos nós também suportar, com seme lhante perseverança, os pequenos ou grandes infortúnios das nossas vidas, sem nunca desfalecer de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
«O que nEla se gerou é fruto do Espírito Santo.»
O nosso percurso até ao presépio de Belém, e mais tarde à Páscoa da Ressurreição, é feito também de momentos de incom-preensão e de noite escura. Quantas vezes na nossa vida e na daqueles que nos ro deiam não conseguimos ver o que é fruto do Espírito Santo!
Que São José, o grande mestre da humildade e da discrição, nos sirva de modelo e guia nas alturas em que mais difculdade temos em compreender e aceitar. Amanhã vou tentar ver em todas as situações mais os aspectos positivos do que os negativos e em todas as pessoas mais as qualidades do que os defeitos.
«Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.»
Obrigado, ó meu Deus, pelo bem maior dessa proximidade!
Amanhã vou abrir o meu coração e perceber em cada situação porque é que sou o flho preferido de Deus.
Fazer a vontade do Pai nem sempre é fácil. Diz-nos isso a nossa experiência de cada dia e de toda uma vida. Guiados pelo exemplo d'Aquele que é manso e humilde de coração, saibamos pedir neste Advento o dom da obediência à vontade do Pai, sobretudo naqueles aspectos em que temos mais difculdade em a aceitar plenamente.
Amanhã vou procurar aceitar com mais paciência as contrariedades que o dia me trouxe.
O Povo de Deus, nos tempos do Antigo Testamento como nos nossos dias, é abençoado com a abundância das graças do Senhor. Assim saibamos nós beber dessa água viva que brota do coração misericordioso de Jesus!
Amanhã levarei àqueles com quem me cruzar a alegria da amizade de Jesus.
«É fiel Aquele que vos chama e cumprirá as Suas promessas.»
Amanhã vou tentar dizer sim sem hesitações, colocando a vontade de Deus à frente da minha.
O Deus da paz vos santifque totalmente, para que todo o vosso ser – espírito, alma e corpo – se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. É fel Aquele que vos chama e
Quantas e quantas vezes, somos nós que O maltratamos?
Quantas e quantas vezes o negamos, como Pedro ou o entregamos como Judas?!
Neste dia, tomemos consciência da nossa condição de pecadores.
Tenhamos a humildade do arrependimento e a coragem de pedir perdão.
O Mistério de Jesus Cristo, Deus feito homem, «que come e bebe» foi um escândalo para os seus contemporâneos.
Ao longo de mais de 2000 anos continua a ser incompreen-dido por muitos.
Também escandalosa é a relação aos mais odiados e des-prezados da sociedade.
Mas a sua humanidade e universalidade são precisamente a sua maior dádiva.
Hoje, vamos dar especial atenção àqueles que mais se diferenciam de nós, da nossa maneira de viver e das nossas convicções. Jesus vai nascer também para eles!
É este Deus que quer nascer ou renascer em cada Natal, no nosso coração e na nossa vida.
É este Deus que nos vem segurar pela mão.É este Deus que está sempre presente.
Neste dia, principalmente nos momentos mais difíceis, lembre-mo-nos que Ele caminha connosco.Lembremo-nos do apelo de João Paulo II para, como católicos, não termos medo.
«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito.»
Perante a opressão, a doença, o desânimo, Cristo oferece-nos o seu exemplo de amor e de humildade como caminho de esperança.Só pela entrega das nossas vidas e em particular dos nossos sofrimentos a Deus, poderemos encontrar o descanso para o nosso espírito.
Neste dia, propomos um momento de oração, onde procuremos oferecer a Deus os nossos sofrimentos vividos no dia-a-dia.
Fazer deserto neste tempo de Advento é valorizar o que realmente é importante na nossa vida.
"Maria disse então: 'Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.' E o anjo retirou-se de junto dela."
O Nascimento de Jesus, dependeu desta resposta de Maria ao anjo São Gabriel.
Uma resposta positiva, firme e sem hesitações.
E as nossas respostas aos apelos de Deus? Serão sempre tão afirmativas e decididas como a de Maria?
Neste diapropomos uma reflexão sobre os apelos que Deus nos faz. Que atenção damos a esses apelos e de que forma temos respondido?
Sto. Ambrósio
Deus é imensamente mais do que nós
Deus é a nossa fortaleza!
E, no entanto, quis fazer-se pequenino, frágil e dependente.
Neste dia, abandonemo-nos à Sua protecção e entreguemos nos Seus braços, a nossa confiança, as nossas fragilidades e a nossa pequenez.
«Vós, Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor, desde sempre, é o vosso nome. Porque nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema? Voltai, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa herança. Oh se rasgásseis os céus e descêsseis! Ante a vossa face estremeceriam os montes! Mas vós descestes e perante a vossa face estremeceram os montes. Nunca os ouvidos escutaram, nem os olhos viram que um Deus, além de Vós, fizesse tanto em favor dos que n’Ele esperam. Vós saís ao encontro dos que praticam a justiça e recordam os vossos caminhos. Estais indignado contra nós, porque pecámos e há muito que somos rebeldes, mas seremos salvos. Éramos todos como um ser impuro, as nossas acções justas eram todas como veste imunda. Todos nós caímos como folhas secas, as nossas faltas nos levavam como o vento. Ninguém invocava o vosso nome, ninguém se levantava para se apoiar em Vós, porque nos tínheis escondido o vosso rosto e nos deixáveis à mercê das nossas faltas. Vós, porém, Senhor, sois nosso Pai e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos obra das vossas mãos.»
in "Advento 2008" de Associação de Pais dos Alunos de do Colégio de São João de Brito
Assim, para começar deixámos um pequena explicação do significado do Advento adaptada do site da Arquidiocese de Évora, de autoria do Pe. Francisco Couto:
«A palavra advento quer dizer vinda (que há-de vir), chegada. Chamamos Advento ao período de quatro semanas que antecede o Natal. E se o Natal é a celebração da vinda de Jesus, significa que o Advento é o período de tempo em que esperamos a chegada de Jesus.
Antes de se constituir em Roma por volta dos sécs. VI-VII, o advento havia já sido precedido de várias experiências na Gália, Hispânia e até mesmo no Norte da Itália. Os testemunhos que possuímos todos fazem referência a práticas ascéticas, mormente a prática do jejum.
O Advento de quatro semanas que herdámos sublinha os dois aspectos tradicionais deste período do Ano Litúrgico, isto é, a preparação para o nascimento de Jesus, a sua primeira vinda, e a espera da parusia, a segunda vinda. Apresenta-se, assim, o Advento como um tempo de espera do cumprimento da salvação.
Encontramos o Tempo de Advento dividido em dois momentos ou partes: o primeiro vai até dia 16 de Dezembro; o segundo começa dia 17 e vai até dia 24 de Dezembro. Este último período funciona como uma novena e prepara, de forma mais clara, a vinda de Jesus na história e ao coração do homem.
Duas são as grandes personagens deste Tempo: João Baptista, o percursor, e Maria, a Mãe do Senhor.
Olhando para os Domingos deste período do Ano Litúrgico (Ano B), apercebemo-nos que o tema da vigilância do primeiro Domingo, concretiza-se na pregação de João Baptista no tema da conversão, predominante no segundo Domingo («Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas»). O terceiro Domingo possui um carácter mais alegre e recorda-nos que o Reino de Deus já está no meio de nós: João Baptista dá testemunho d’Aquele que é o Messias, que não conhecemos, mas que já está no meio de nós e a que ele não é digno de desatar a correia das sandálias. O tema do quarto Domingo é o nascimento de Jesus anunciado à Virgem Maria pelo Anjo Gabriel.»
"Ele sabe sempre o que faz, nós é que podemos não O entender"
5dedezembro Etiquetas: Pensamentos e ReflexõesOlá amigos convivas…
Hoje queria partilhar convosco mais uma coisinha…
Tudo na minha vida corria bem. Estava no início do 12º e com muita vontade de estudar e entrar na universidade. Tinha os melhores amigos do mundo e a minha família a dar-me muito apoio. Para além disto tudo, uma pessoa fantástica ao meu lado que me ajudou a descobrir o verdadeiro significado da palavra amar.
Era muita felicidade junta não é? Pois, no meio de tanta felicidade, uma bomba rebenta na minha família… No espaço de uma semana fica-mos a saber que o meu Pai, uma pessoa saudável, tem um cancro nos intestinos, maligno, já bem avançado e é operado…
Não sei se conseguem imaginar como eu fiquei. Na altura só pensava que o meu pai ia morrer. Muitas vezes me questionei: o que faz uma miúda com 18 anos quando sabe que o pai tem cancro? O mais estranho é que eu naquela semana só pensava em mim. Os meus irmãos já são autónomos, e eu? Eu tenho um curso para tirar, tenho que ir para a universidade. Acho que nunca chorei tanto escondida…
Numa conversa com essa pessoa fantástica, ela diz-me esta frase “ Ele sabe sempre o que faz, nós é que podemos não O entender”, na altura não entendi muito bem, hoje não posso estar mais de acordo… Sei que Deus sabe sempre o que faz e em tudo o que nos acontece, há sempre alguma coisa a aprender…. No meio desta doença há muita coisa boa, mas a principal está na atitude do meu Pai. Sabem o que é entregar-se a Deus e não ter medo de nada? Foi isso que ele fez, era ele que nos dava força. Recordo-me dele antes de saber o que tinha, andava muito stressado com o trabalho. Quando sabe, fica muito calmo, com muita paz, com uma força sem igual, nunca o vi sem estar a sorrir e muito contente… muitas vezes eu me questiono: Como é que é possível esta entrega? Será que nós alguma vez vamos conseguir faze-lo? Será que somos capazes de nos entregar assim nas mãos Dele? A única coisa que ele dizia era, algo assim: “não há nada a temer, vai ser o que Deus quiser.” Fantástica atitude não é?
Era só isto que queria partilhar, reflictam sobre isto…
Para ler notícia completa clica em http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=63205&seccaoid=6&tipoid=16
O concerto de apresentação do Pe. Marcos foi adiado devido ao mau tempo.
Em breve daremos mais informações...
Até lá!! ;-)