Há já algum tempo que pensava em fazer o Convívio Fraterno, mas quando chegava a hora de assumir o compromisso, a vontade já era pouca, até que desta vez decidi mesmo ir e agradeço a Deus o facto de o ter feito.
Eu e mais três amigos partimos do Seminário de Resende no dia 22 de Abril sem saber exactamente o que iríamos fazer e encontrar. Chegámos à casa de S. José em Lamego um pouco estranhos e acanhados, tal como os restantes futuros convivas. Lá estavam à nossa espera as equipas orientadoras que nos dirigiram para uma sala em que as cadeiras eram um tanto ou quanto desconfortáveis. Desde logo começámos a cantar e a preparar-nos para a nossa longa caminhada.
O dia seguinte foi aborrecido e muito cansativo, o que levou muita gente a ponderar desistir. Porém, o segundo dia foi um dia muito especial para todos os presentes, pois já existia uma relação mais forte entre os convivas, o que levou a partilhar as nossas emoções entre todos e principalmente com Deus. No último dia penso que já ninguém queria ir embora, pois existia uma força dentro daquela casa que nos unia a todos. Eu desejava que aquele dia não terminasse mais pois sentia-me protegido tal como a maioria dos presentes. Porém, o dia chegou ao fim e os nossos familiares e amigos aguardavam a nossa saída.
Adorei o encerramento e todos o vivemos com muita intensidade. No fim todos chorámos de alegria pois todos tinham redescoberto Deus, tal como cantávamos “Deus está aqui tão certo como o ar que respiro”. Nesta longa caminhada de três dias aprendi a conhecer-me a mim próprio e aos outros, mas principalmente a acolher Deus mais uma vez no meu coração pois Ele é nosso amigo e ama-nos muito.
O quarto dia foi terrível de volta à realidade que parecia que já não fazia parte de mim. Sinto muitas saudades de tudo aquilo que passei, das cadeiras desconfortáveis, das canções, do pessoal da equipa, dos amigos que fiz, das caminhadas… de tudo mesmo. Hoje sinto-me muito feliz por tudo aquilo porque passei ao longo daquele fim-de-semana e espero manter a minha chama de conviva sempre acesa… hoje não tenho vergonha de dizer que acredito em Deus, pois Ele também acredita em mim.
Jorge Borges (Convívio Fraterno 972)

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